Claudio Fernandes e Agência Reuters
Vinte e três dias depois de o TSE declacar Luiz Inácio Lula da Silva como vencedor das eleições presidenciais, Jair Bolsonaro entrou com representação no Tribunal Superior Eleitoral pedindo anulação de parte dos votos do pleito. De acordo com o presidente e seu partido, o PL, cerca de 280 mil urnas, todas anteriores às de 2020, apresentaram problemas e comprometeram o resultado final.
“Uma apuração realizada apenas com base nos resultados das urnas do modelo UE2020 (40,82% do total das urnas utilizadas no 2º turno) – que, reitere-se, possibilitam, com a certeza necessária, validar e atestar a idoneidade de seus votos –, o resultado que objetivamente se apresenta atesta, neste espectro de certeza eleitoral impositivo ao pleito, 26.189.721 (vinte e seis milhões, cento e oitenta e nove mil, setecentos e vinte e um) votos ao Presidente Jair Messias Bolsonaro, e 25.111.550 (vinte e cinco milhões, cento e onze mil, quinhentos e cinquenta) votos ao candidato Luiz Inácio Lula da Silva, resultando em 51,05% dos votos válidos para Bolsonaro, e 48,95% para Lula”, afirma parte do documento.
O resultado das eleições brasileiras vem sendo contestado desde o minuto seguinte à apuração. Ao longo do mês de novembro, diversas denúncias de fraude eleitoral eclodiram pelo Brasil e até no exterior. Além disso, a análise do argentino Fernando Cerimedo exatamente nas urnas não auditáveis deixou claras, na pior das hipóteses, anomalias nas unidades.
Também desde 31 de outubro, manifestações na porta de quartéis e em estradas vem reunindo cada vez mais pessoas. Os pedidos são por intervenção federal e para que Lula, que chegou a ser condenado em três instâncias por corrupção após governar o Brasil por oito anos, não assuma o poder em 1 de janeiro de 2023.
Confira outras notícias da editoria POLÍTICA clicando aqui.