Claudio Fernandes, da Tribuna da Imprensa
Jamais haverá um texto capaz de descrever a ausência que Pelé se tornou para o mundo nesta quinta-feira, após passar grande parte dos 82 anos em que viveu a encantar o planeta bola como qualquer atleta jamais fez ou fará, em qualquer tempo ou modalidade esportiva.
Seria como tentar descrever seus gols, sua plástica ao cruzar o campo com a bola no pé. Ou mais, seria como tentar adivinhar seu próximo drible e desarmá-lo. Ninguém jamais conseguiu. Ninguém jamais conseguirá.
Edson Arantes do nascimento morreu em São Paulo, vitimado por um marcador que a ciência ainda não conseguiu expulsar do mundo, como um árbitro faria a um jogador violento, usando um cartão vermelho: Um câncer de cólon venceu aquele que foi chamado de Rei por onde passou. E que tratou a bola, rainha que escolheu para acompanhá-lo em sua jornada por estas bandas, com a humildade do mais pueril servo.
Os números? Três Copas do Mundo com a Seleção Brasileira, incontáveis títulos e artilharias com as camisas do Santos e do Cosmos, de Nova York, cidade escolhida para suas últimas danças com a bola nos pés. A herança? 1281 gols, lances mágicos, sorriso inconfundível e a mudança da história do esporte mais popular do planeta.
Pelé deixa filhos, netos e mais de sete bilhões de órfãos.
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