Claudio Fernandes e Agência Reuters
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) viu indícios de uma “atuação concertada” de desinformação tendo como alvo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Por conta disso, suspendeu, em caráter liminar até o dia 31 de outubro, a monetização do que chamou de “canais bolsonaristas” no Youtube. O órgão também determinou que o presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), se manifeste sobre o caso.
A decisão do corregedor-geral da Justiça Eleitoral, Benedito Gonçalves, também proibiu o impulsionamento pago na internet das empresas responsáveis pelos canais de qualquer conteúdo político-eleitoral, especialmente envolvendo Bolsonaro, Lula, partidos e apoiadores de ambos.
Um dos canais mais populares atingidos com a decisão é o “Brasil Paralelo”.
O magistrado deu cinco dias de prazo para que os investigados se manifestem sobre a ação movida pela chapa de Lula e, no caso de Bolsonaro, se observe o prévio agendamento para a entrega do mandado para se cumprir essa diligência.
Gonçalves ainda deu prazo de três dias para o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) se manifestar sobre a “utilização político-eleitoral” de seus perfis nas redes sociais.
A medida, a menos de 15 dias do segundo turno das eleições, foi tomada em ação movida pela chapa de Lula que alega haver um “ecossistema de desinformação” nas eleições deste ano.